Ouço um silencioso som brutal
que ecoa no profundo do vazio,
é o som da fala de um animal,
é o som da semente que eclodiu.
Ouço um silencioso som de poesia
que ecoa na intramente do poeta,
é o som da estrofe e da alegoria,
é o som da órbita d’algum planeta.
Ouço o grito mudo do silêncio
sua voz é maviosa e veludínea,
é o som reverberando à inconsciência,
é o som do estribilhar da melodia.
Ouço o grito colorido do entardecer
que ecoa e adentra à noite ribombante,
é o som de um trovão no alvorecer,
é o som de um sorriso dissonante.
Jonas
R. Sanches
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