quarta-feira, 4 de junho de 2014

Enquanto Eu for Poeta

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Enquanto eu for poeta voarei
por entre os cimos infindáveis do além;
além do mais, além do menos eu já não sei,
só sei do que inda não sei ou saberei
daquelas coisas que já vivi ou viverei.

Enquanto eu for poeta à fantasia
por entre as cúpulas lustrosas do pensamento;
penso em você, penso calado, penso no vento
que abre as portas, às escancara para a ilusão,
de um caminho que sigo em passos do coração.

Enquanto eu for poeta caminharei
por chão de estrelas feitos à canetas esferográficas;
por céus notáveis de nuvens amáveis fantásticas
onde aportei o meu veleiro estranho voador,
onde deixei aquela angústia e encontrei amor.

Enquanto eu for poeta dividirei
vidas singelas pelas estrofes que são esdrúxulas,
seguirei sendas lendárias por entre as bússolas;
se eu vou ao norte, sul ou nordeste inda não sei;
só sei das coisas idas ou sei que inda não sei.


Jonas R. Sanches
Imagem: xxkiriku

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