terça-feira, 10 de junho de 2014

Das Vidas que se Vão pelos Dias Intermináveis

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Os dias passam depressa
e já não há promessas
de o sol na manhã ressurgir
mas eu o espero no amanhecer

e espero as flores e os colibris
que semeiam alegrias na janela
da alcova onde guardo os sentimentos
e o resto passa como o vento.

Os dias passam depressa
e eu já não tenho a mesma idade
sinto a essência esvair-se de mim
e minha casca está deteriorando

junto as pedras e as montanhas,
junto aos pássaros e a Macedônia,
junto as árvores e as caledônias,
junto ao universo em decomposição.

Os dias passam depressa
e o que ficam são recordações
amplificadas nos corações
que não se cansam das paixões,

que não se cansam das poesias
que ficaram gravadas nos dias,
que ficaram gravadas nos livros
que eu carregarei junto comigo.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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