Nas vozes dos vermes famintos
o banquete da vida que esvai
nas mordidas tão pecaminosas
pelo corpo que se decompõe.
Mas antíteses frescas afloram
e na morte o poeta eterniza
o silêncio que o corpo deflora
no momento que a vida enraíza
pelos campos ou campas reais
d’onde a foice afia o seu corte
mensurando entre todos mortais
o deguste do beijo da morte.
Nos descansos dos vermes benditos
um arroto de satisfação
mas o que fica é a voz no grito;
ultimato de algum coração.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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