quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Quando Chega a Noite à Poesia

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Chegou a noite e faltou inspiração
queria falar palavras do fundo do coração;
não queria falar das dores nem dos mitos
só queria encontrar o verso qual fosse um grito.

Chegou a noite e o beijo é entardecido
mas, nos versos queria relembrar o esquecido;
não queria falar de flores de diversas cores
só queria dizer aquilo que toca a alma.

Chegou a noite repleta de solidão
onde o verso que procuro é escasso;
não queria falar das perdas nem de embaraços
só queria elevar meus sonhos ao espaço.

Chegou o verso e compôs a poesia
que não citou a noite, nem a morte, nem a vida;
citou apenas as trovas cantadas as madrugadas
às donzelas tão proibidas a sós nas sacadas.

Chegou o verso mas num instante partiu
deixando fragmentos de corações apaixonados
deixando nas linhas verbos tortuosos
que conjugam a esmo todas as sensações.

Chegou a noite... Chegaram cometas e estrelas,
na minha luneta miro a flor da eternidade
que brota solitária no ventre da supernova
que germina a poesia desse agora.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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