sábado, 14 de setembro de 2013

A Flor dos Meus Devaneios

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Queria a flor para você e a poesia
mas só me resta vislumbres de solidão
e uma dor tão lancinante ao coração
quando contemplo a penumbra do fim do dia.

Queria a flor e um abraço confortante
mas só me resta a nostalgia e o horizonte
vazado em cores que trazem recordações
daquele afago que já não tenho mais.

Queria a flor e aquele verso esquecido
que fiz as pressas, que compus apaixonado
mas só me resta o peito nu tão rechaçado
pelas lembranças que remoem pela cabeça.

Queria a flor mergulhada em fino vinho
tal qual remédio feito a mãos de curandeiro
para curar o sofrimento derradeiro
que me persegue pelas noites solitárias.

Queria a flor que foi ceifada na batalha
entre o poeta e a algoz insensatez,
queria tatear novamente a sua tez
e adormecer o sono eterno da navalha.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

2 comentários:

  1. Querido Jonas
    Cá estou eu,de novo,porque gosto de ler as suas poesias.Mas,fico à espera de uma visita,que é merecida.
    A sua flor é bela e diferente.
    O seu poema canta a SAUDADE,que é algo que faz doer. Mas,um dia,tudo se compõe.
    Fico à sua espera.também gosto de saber o que pensa do que eu escrevo.
    Muitos parabéns,pois este é ,talvez um dos seus mais belos poemas.
    Tenha um óptimo domingo.
    Beijinhos da
    Beatriz

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    1. Lisonjeado pela notoriedade do meu humilde escrito pela honorável poetisa contemporânea... Desculpas profundas e sinceras da minha ausência no seu ilustre espaço poético singular, mas venho mesmo dedicando profundamente meus esforços, mesmo tendo falta de disponibilidade de retribuir seu constante carinho e cobranças a reciprocidade justa para retribuir seus minutos guardados em minhas simplórias escrivinhações poéticas... Escrivinhações* ( Do uso pleno de minha licença poética, dito pleno merecido o título do mesmo posto) Modéstia parte, me esforço para ser um correspondente a altura do interlocutor... P.P.'.

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