segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Soneto de uma Carta de Despedida ao Poeta

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Na carta lida um ar de despedida
e no olhar sentimento marejado
pela lembrança ida de uma vida
pelo sonho agora despedaçado.

Na carta lida um gesto derradeiro
que marcou a ferro e fogo minh’alma
e deixou no coração um candeeiro
com sua chama eterna que me acalma.

Somente agora um rastro de tristeza
trilhado a sós a dor  com pés descalços;
feridas obtidas pelos percalços

que se apresentam irreais ao poeta
que revira  a rima da natureza,
buscando alguma coisa inconcreta.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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