terça-feira, 6 de agosto de 2013

Soneto da Última Via

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Sigo poeta, passos desajustados,
triste o caminho, pedras pontiagudas;
imaginações cruas, sonhos alados,
e todas as poesias são perpetradas.

sigo poeta, de ilusões imbricadas,
rimo o caminho, trechos obstinados;
indagações puras, falas premidas,
e todos os versos são renovados.

Sigo asceta, concatenações fatais
deliberando imagéticas nuas surreais
transcritas e prescritas no caderno

da fábula acometida no inverno;
mas ainda existem estórias incompletas
e a última via do soneto é discreta.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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