terça-feira, 9 de julho de 2013

Soneto da Voz Muda do Bosque

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Da voz do farfalhar cantigas novas
e o vento adentra o bosque dos sentidos
fazendo reviver o olor das rosas
que desfaz-se a paz dos sonhos partidos.

E na noite meu uivo então invade em prosas
rubras qual os corações iludidos
e nas pétalas uma tez nua e viçosa;
luares apaixonados refletidos.

Sutil feitiço assim descrito em verso,
que resplandeceu, luziu distinto,
sentido bem pra lá de controverso;

mas no meu espelho, eu pra mim não minto
encaro  meu olhar do lado do inverso
transbordando amor e dor qu’eu sinto.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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