terça-feira, 23 de julho de 2013

Letras que Rangem

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De um rasgo na malha do tempo
um minuto dos futuros ventos
por onde os Deuses vão assoprar
o bafo mortal de uma estrela quasar.

De um vulto entre o absoluto
e o nada que se antepara ao tudo
e do ventre desnudo do Todo
o laboratório genético da criação.

E a vontade é a semente tão fértil
que lançada e alçada no Cosmos
retorna em centelha de luz verdadeira
que comumente a vida é a procriação.

De um rasgo no ventre do mundo
surgem traços de algoz submundo
por onde a candeia tenta penetrar
mas, é espesso essa sombra assombrosa

e no caule da rosa a alma vai se machucar
e ferida no espinho da lida é resignação
que transpassa e desembaça essa escuridão
e agora são passos guiados à voz do coração.

E o poeta registra a aventura que perdura
no livro crepitante e errante das estrelas
e de sobremaneira é quase epopeia
mas, escrita durante eras, sem princípio nem final.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

2 comentários:

  1. Boa tarde, Jonas. Eu fiquei até sem fôlego ao ler tanta profusão em beleza.
    O poeta entrega a sua alma a contar cada passo, cada história, vivências e experiências no vasto Universo, onde muitas e novas são as surpresas, que saltam aos olhos.
    Parabéns e beijos na alma!

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