terça-feira, 16 de julho de 2013

Das Cores as Flores Ilusórias e Poesia

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Das cores da flor noturna
reflexos de mil estrelas
luzindo em minha catacumba,
propagando a sua olência

que é doce qual paciência
suspensa em caules úmidos
pedindo sua clemência
sem medo ou qualquer decência.

Das cores paixões noturnas
dos beijos já insalubres,
das bocas línguas soturnas
e gritos de um perfume

azul como o miosótis
que entrelaçado as nuvens
floresce em amor perfeito
brotando em luz que ressurge.

Das cores flores das ruas
de caules esvoaçados
na alma inerte plantados
esperando absolvição

dos pecados que ao coração
são mais que qualquer flagelo,
são mortes do que é belo
aos olhos que veem além.

Das cores flor pitonisa
de opinião até concisa;
vidente virgem sagrada
profetizando as madrugadas

na morte que realiza
e o homem revitaliza
no ósculo da puritana
que entrega-se a nua cama.

Das flores cor poetisa
em versos obituários
e o cedro que centenário
assiste a destruição

das folhas do meu caderno
levadas pelo inverno
rascunhados lá no inferno
deserto da minha ilusão.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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