domingo, 30 de junho de 2013

Consequentemente

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Da noite me despeço
com gosto de recesso
da estrela que se foi
e partiu meu coração.

Ao dia eu me apresento
com gosto renovado
do sol insuperável
que crepitou na minh’alma.

Do mundo um grito mudo
pedindo incoerências
e há nuvens abstratas
a vagarem na minha mente.

Da flor a sede infinita
com gosto de amanita
que mistura minhas cores
que eleva os sabores;

do beijo e do desejo
que dilui a moça nua
da face oculta da lua
e ainda há alguns ruídos.

Do pássaro um trinar
que acorda todo o porto
onde ancorei meu corpo
em olhar quase morto

ou, um vislumbre torto
nos passos da menina
que inflama e desatina
milhões de corações.

Da mente a poesia
trilhada em avarias
da minha insensatez;
do amor que a gente fez.

E o que resta é a aresta
do tempo carcomido
engolindo minhas memórias
e carregando todos os versos ao léu.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Park Harrison

Um comentário:

  1. Caro Jonas
    Faz falta um poeta que fala tão bem do amor!Mais um poema apaixonado e apaixonante,sensual,romântico,maravilhoso.
    Muitos parabéns.
    Uma ótima semana
    Um abraço da
    Beatriz

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