quarta-feira, 10 de abril de 2013

Quando os Dias Partiram Calados

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E os dias se vão com o tempo
e fica uma sensação de vazio
como se houvesse um buraco no peito
e são recordações de um não sentir.

Na aurora então guardo meu olhar
e há cantos de pássaros raros
multicores bebedores de orvalho
e são lembranças bucólicas de mim.

Na estrela que se apagou agora um céu
então mergulho às nuvens e um azul profundo
quase bem pra lá das lástimas do mundo
onde repousam as tintas das canetas mágicas.

E os dias se vão com o tempo
e carregam meus ventos esquecidos
além de vidas e de mortes, além do limbo;
e nos rios entardecidos luzes e gemidos.

No crepúsculo então guardo meu sentir
e há resquícios de amores a ziguezaguear
pelas entranhas tão desgastadas do existir
pelas brumas tão mágicas envoltas ao mar.

E nas estrelas tão cadentes que transpassam
noites sem luas, noites escuras no âmago do sol
chorando seus rios de fogo às cores do arrebol
ou apenas aquecendo os recônditos do meu coração.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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