domingo, 21 de abril de 2013

Enquanto Viverem os Sentimentos

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Como um som o olhar que fala
e a boca que cala um sussurro
nas curvas tão perfeitas de ti
quando o sol reflete sua pele

que adere entremeio feitiços
num viço e num transgredir irreal
dos desejos sem pudores
banhados em delírio pessoal.

Como um olor inato sem tato
e os sentidos transcendem
toda essa psicodelia vivida
num arfar dentre asas de borboletas

que desmancham as cores
e beijam a mesma flor da morte
e há uma eterna metamorfose
e até pode ser minha psicose.

Como um abraço distante
eu sinto seus nocivos pesares
e há saudade e há sublimação
mergulhados nos meus sonhos

que flagelam e redimem
todos esses pecados amados
que vivo e revivo no amanhecer
enquanto desintegro-me na luz.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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