segunda-feira, 22 de abril de 2013

Das Bocas Malditas

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Há quem diga algo da minha loucura
mas se dizem é porque não me conhecem
e não sabem quantas luas eu roubei
somente para pratear minhas poesias.

Há quem diga algo da minha insensatez
mas se dizem é porque o amor desfez
as coerências e indecências perseguidoras
e já não sabem que eu adormeço pelas masmorras

e dessa zorra meu intelecto corroí a tez
e num mergulho pelas estrelas desconstitui
todas mazelas que a boca suja já não influi
sobre minha graça sem carapaça na minha face.

E há quem diga que minha briga é um desvario
mas já não sabem que minhas águas fluem ao rio
que corre e morre na foz barrenta do meu espaço
aonde aporto minha sensatez em desembaraço.

Coisas sem nexo de um eu complexo a ser julgado
mas se me punem já não esquento minha cabeça
e não me importo se a prole ambígua me desmereça
pois na minha senda só meu Deus sabe o que mereço.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Naotto Hattori

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