sábado, 16 de fevereiro de 2013

Muito Obrigado, mas Eu não Quero Nada

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Não quero nada, mas obrigado
pela palavra que não foi dita
e o meu silêncio tão necessário
continuou o meu trabalho.

Não quero nada, mas obrigado
pelo carinho que não me deu
guarde pra si pois tenho o meu
que é solitário e é centenário.

Não quero nada, mas obrigado
por me roubar e me matar
minha vida eterna e sempiterna
que é viva sempre e iluminada;

e que incomoda na encruzilhada
quando meu sono sempre ausente
se faz presente tão descontente
nesse momento que eu não queria

raiar no dia que se procede
mas seca a boca mas não é sede
e o que eu quero não é mais nada
só obrigado por ter calado na madrugada.

Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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