quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Labirinto do Fim da Picada

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No labirinto da eternidade
de cada segundo sem fim
onde sou apenas mitocôndrias
nessa infinita dança celular.

No labirinto da eternidade
eu busco uma nova reação
onde eu me despeço de tudo
para viver no nada sem nenhum.

No labirinto dos caminhos tortos
eu mergulho absorto enfim
o inferno não tem asas de aço
e meus ferimentos são imortais.

Caminhos e encruzilhadas dispersas
vem como uma nova remessa ditosa
e espalham sangue e mais sangue
nos veios da terra de ninguém mais.

Labirintos distintos da procriação
revelados e exumados nesse funeral
onde não há mais mortos nem vivos
somente há sementes da alucinação.

Labirintos de um fauno órfão e demente
que escreve nas paredes com giz de cera
refazendo as histórias dos folclores da vida
e o poeta discreto caminha até o fim da picada.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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