terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Liberdade das Imaginações de um Poeta Nu

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Voos libertos de sentimentos
análogos aos sopros do vento
que não passa despercebido
e sim espalha folhas e zumbidos.

Caminhadas libertas de parábolas
em destrezas iguais as da água
que contorna seus obstáculos
molhando e matando a sede da terra.

Escaladas libertas das entranhas
impávidas e colossais como montanhas
que se movem durante a fé de alguém
que já não reza, que enfrenta o agora.

Sendas e sendas contadas e cantadas
nas páginas de um livro deteriorado,
nas cordas de um violão sem braço
ou no olhar implacável de um falcão.

Sendas e sendas de liberdade inacabada
nos versos de uma lenda desconhecida
ou no ventre que me exilou do mundo
ou nas asas que vestem meus insípidos poemas.

De amarras desatadas eu versifico o cosmo
e contemplo letra após letra a libertação
dos grilhões das realidades incolores da noite
ou das irrealidades da minha imaginação ilimitada.

E o poeta adormece nu nas crateras geladas da lua...


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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