domingo, 9 de dezembro de 2012

Surpreendendo os Leitores Assíduos

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Surpreendente as cócegas
e, os átomos evolutivos
e, as serpentes marítimas
e, os aneurismas solares.

Surpreendente os ovinis
e, os glúteos das meninas
que malham com intuitos
de se sentirem as mais desejadas.

Surpreendente o suores que expurgo
nesse calo de um sol sem misericórdia
que racha a terra e corrói o homem
nesses dias fritantes e desiguais que vivemos.

Surpreendente minha poesia insana
que derrama minha seiva arbórea e vascular
que deságua pluvialmente nos rios da vida
e rega os canais essenciais dessa sede;

que seca as gargantas e os raciocínios
desgastados pela pleura perpendicular
que arranha todas as mentes egoísticas
e ainda assim, não desmente a morte.

Eu surpreendo o cálice e o aliciamento platônico
que tenta ser uma coisa real, ou tenta não ser
essa desilusão quase ínfima e irreal
que atordoa todos os arruinados pensadores;

e a indubita incoerência verbal existente
e, devasta todos os antigos profetas inócuos
que tentaram ser os reais portadores da verdade
mas, a verdade suprema é meramente incognoscível.

E eu sou só um poeta atônito e caótico
que adormece e desperta em cada verbo
tateando as cegas todos os provérbios
que afugentam todas as provas do ser eterno.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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