quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Metafóricos e Metatarsos

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Tente escutar os gemidos do meu silêncio
é um som de cálices se partindo na alvorada
onde eu bebia de todas as vidas e mortes
e, aquele grito inaudível era como um zumbido.

Tente sentir a olência das flores na campa
elas tem cheiro de amor e de saudosismo
daqueles dias onde as noites prevaleceram
e, os colibris morreram de overdose de pólen.

Tente degustar o gosto daquelas letras rústicas
elas são doces e ácidas e amargas de tristezas
e sua salinidade são das lágrimas que desperdicei
e, o mar roubou todos os prantos e derramou marés.

Tente sentir a aspereza dessas planícies vagas
elas são ventres parindo novas montanhas
e seus vulcões subterrâneos vomitam seivas
e, todas as águias ainda não se procriaram nos cumes.

Tente entender minhas insanas metáforas
elas são o fruto de uma vida repleta de mistérios
e suas analogias são de dois sóis em colisão
e, se formou uma poesia esdrúxula de parábolas.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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