sábado, 17 de novembro de 2012

Homem-Decadência

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Tanta decadência
guerra e demência
e sanidade insana
dos que bebem fogo.

Malogrados déspotas
e não há afagos
é só a truculência
de bombas atrozes.

E já não há penitencia
só vejo clemência
já extinta e posposta
e clamores de indulgência.

Tanta eversão corrompe
as mentes malsãs
e é esse combate
que sustenta o asco.

Explosões de dissenção
e o sangue borbulha
no asfalto e nas vitrines
enquanto morrem todos.

E nos mercados de moscas
ossos derretidos e fumegantes
alimentam o raquitismo
e bebericam olhares moribundos;

e é o cataclísmico vivo
e é o principio do princípio
e é o final do final
onde homens-traças corroem sua própria espécie.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

2 comentários:

  1. A humanidade é assim feita que procura, num paradoxo inexplicável, destruir em nome da contrução, matar em nome da vida, odiar em nome do amor...
    Jonas, a sua poesia desperta sempre reflexões profundas. Parabéns!

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    1. É Dulce o homem está destruindo sua própria espécie, as outras espécies que compartilham do mesmo habitat e o próprio habitat, mas acredito eu que mudanças drásticas se aproximam e haverá choro e ranger de dentes...

      Obrigado pelo apreço e tenha um ótimo domingo!!

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