quinta-feira, 4 de outubro de 2012

No Centenário Jequitibá Repousa um Coração de Poeta

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Auroras e arrebóis incandescentes
colorindo o peito do homem e a natureza
e as luzes beijam os cimos do jequitibá
que se impõe magnânimo buscando as nuvens.

E meus passos arranham os pensamentos
e os devaneios escorregam pelas trilhas
tantos olores emanam paz na alma
são os manifestos das flores em primavera.

Tantas estrelas que se escondem ao brilho do sol
e beijam as noites em que a lua é mãe do firmamento
prateada, cheia, garbosa e majestosa
deferindo encantos na penumbra sertaneja.

E meus passos são em coordenadas poéticas
em latitudes galácticas e longitudes universais
espargindo letras e osculando os sonhos
restituindo todas as recordações de outra vida.

E entre as páginas amareladas dos desertos
a esfinge ainda guarda os segredos maiores,
escolhida em privilégios a rosa das areias os recebe
e guarda-os em suas raízes de formas quase humanas.

E meus passos ainda tem fôlego de camelo
e continuam nessa senda pisando brasas
se forjando em planícies siderais e ilimitadas
planejando um salto quântico e sem fronteiras.

E já é novamente outro crepúsculo
e as nuances crepitando regem as decorações
e as noites refletidas no âmago dos corações
se desgastam nos olhos irreversíveis das paixões.

Então novas percepções invadem e desconfio que
no centenário jequitibá repousa um coração de poeta...


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

2 comentários:

  1. Tenho certeza que um coração de poeta repousa em sua copa centenária...lindo poema!!

    Luz e paz em seu caminho!!
    Beijinhos!!♥

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    1. Muito obrigado Mari... Muita Paz e Luz para você também!!

      Abraço!

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