quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Esquisitices Esquizofrênicas

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Vitrolas e constituições imperceptíveis
e, eu ouço muito blues todas as manhãs;
a música mexe com meus sentimentos
então vejo o mundo como uma bola imperfeita.

E vejo muitos escaravelhos nos sonhos
eles me causam alguma aversão e asco
mas, são somente sonhos e eu acordo
decidido a plantar campos de poesias floridas.

Junto meu arado então, e letras são sementes
de conquistas somente ou não; colho frutos
saborosos e rimados, lado a lado com o sol
e a chuva misturando-se as novas cores do arrebol.

O dia envelhece e uma nova perspectiva me acolhe
entre seus braços de relíquias ilusórias e amor
mas, não é um simples amor; é todo luz e sombra
e ele apazígua os corações dos lobos e das estrelas.

A noite é concebida do ventre de mais um entardecer
e é festivo o crepúsculo nascedouro e contemplativo;
eu tolhido e estupefato bebo cálices de cometas
que brotam todas as madrugadas no meu terreiro.

E agora eu preciso alimentar minhas alucinações
pois, se morrerem eu ficarei solitário e me curarei;
eu não quero me curar, minha tristeza é pura alegria
de poder compartilhar nem que seja uma simples poesia.

Eu ouço as vozes dessa esquisitice esquizofrênica
mas, são apenas conselhos nascidos no inconsciente
e eu sigo passo a passo a jornada do raciocínio irreal
e eu sigo os passos daquele que reside nos versos meus.


Jonas Rogerio Sanches 
Imagem: Google

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