Transmuto-me, e à
poesia... Ainda grosseira,
pronta a ser lapidada
e lanço cadinho em chama;
e os ingredientes
estão dispostos em novas palavras,
segredos desvelados e
velados, renovados em Hermética.
Transmuto-me, sou a
poesia... No fogo alquímico,
cozinhando no
mercúrio, em leite da terra;
devorador de vocábulos
disfarçados... Sou sol,
e o criptógrafo
adormecido desperta,
revelando a pedra da
consciência... Matriz do elixir.
Transmuto-me, em
vertigens poéticas... Em brasas
Mergulho nesse
fumegante frenesi transformador
D’onde retiro o sal
dos sábios e as novas revelações
Transito agora entre
os estágios transformadores
E a noite de estrelas
fez-se presente em nova rima
Transmuto-me, sou o
próprio carvão... Tornar-me-ei ouro
Dentre todas as
estrofes da minha vida, vou luzir em magma,
das entranhas da mãe
criadora jorrará a bebida revigorante;
e antes de renascer
morrerei três vezes, em sepulcro lacrado,
e resplandecente e
eterna minh’alma completará a obra;
que no orvalho colhido
pela manhã se fez consumada.
De um processo
denominado de Alquimia Poética...
Jonas R. Sanches
Poesia publicada no livro "Alquimia Poética"
Nenhum comentário:
Postar um comentário