sábado, 14 de julho de 2012

Polinização Alienígena

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Na árvore da vida entrego-me às borboletas
De asas cintilantes e purpurinas
E vivo metamorfoses paradoxais
Num cálido segundo que deixei para trás

Ramifico-me e misturo-me as raízes do sol
Sol de árvores, e folhas, e galhos, e vida
Agora meus frutos são pérolas entre os espinhos
Busco sombras de figueiras para plantar minhas bromélias

Agora sou hibrido àquela orquídea
As nossas flores tem todos os tons
Os universais e os expurgos estelares
E sou afagado pelos colibris e pelas jataís

Seria o amanhã apenas mais uma semente?
Ou seriam dias de vida de um único jasmim?
Sei que sou flor, sou fungo, sou um pássaro cadáver
Alimentando abutres no deserto dos meus pensamentos

Agora já não sou mais
Fui o vento avassalador
E deixei sequelas nos mundos que passei
Alimento-me de flores, sou abelha alienígena

Chegou a hora da minha partida
Tenho infinitos roseirais para polinizar
E tenho um lar de maravilhas violetas
Onde minha rainha flor sublime aguarda o meu retorno

Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

4 comentários:

  1. Bela poesia,parabéns!Faça uma visita ao meu Recanto.Abraços
    http://alexmenegueli.blogspot.com.br/

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    1. Muito obrigado pelo seu apreço e comentário Alexsandro...
      Vou visitá-lo sim!!
      Abraço!!

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  2. Passei por aqui, gostei...fiquei!
    Sinto muita paz por aqui, já estou seguindo!
    Grande beijo!!!
    Lisa do blog www.muraldecristal.blogspot.com.br

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    1. Muito obrigado pelo seu apreço e visita Lisa...
      Tenha uma semana repleta de Paz !!!
      Abraço!!

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