sábado, 9 de junho de 2012

Espírito Melancólico

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E o espírito em tarde melancólica
Recolhe-se ao chuvisqueiro na janela
Essa chuva em conta-gotas
Nessa devassidão de devaneios

Os olhos se afundam nas imagens
Que vez ou outra surgem como sombras
Ou pelo canto do olhar desconfiado
São os fantasmas adormecidos... Frio de alma

O bucolismo invade os sentidos
E os campos vazios povoam a mente
Aquele caminhar na relva úmida
Entre as frestas da imaginação

E o espírito em tarde melancólica
Recolhe-se ao introspecto
Mergulhando em jardins edênicos
E recusando a maçã do pecado

E a chuva lá fora... Lavando almas
Reflete suas nuances em sol tímido
Lentamente em gotículas repartidas
Pelas saliências contidas nos vitrais

E as cores envolvem o espírito
Em um transitar melancólico
Em campos inférteis... Dias frios
Entre os reflexos prismáticos do amanhã

Guardando seus desejos contidos
Divididos entre todos os eus nessa tarde de outono


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

Um comentário:

  1. Olá Jonas:
    Tu escreves muito bem e com sentimento.
    Tenho um filho da tua idade.Vou segui-lo
    com o email dele: Cristovam, pois quando abri o blog não tinha email.
    Sucesso...Muito sucesso para ti.
    Lua Singular

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