sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Dias Vazios

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Dias vazios que silenciam a alma
Dias onde o olhar vaga a esmo
E os pássaros se calam
Diante a trovoada que se aproxima

Dias vazios onde reina a saudade
E o acorde distante já não ressoa
Somente o sol ressecando as folhas
E a pele gasta do agricultor

Dias vazios entrecortados pelo vento
Onde o veleiro carregou os amores
Deixando apenas esse vácuo
Que entorpeceu o meu olhar

Dias vazios onde as rimas choraram
Acompanhando o som do coração
Que trêmulo insistia em bater
Contando a história de uma vida

Dias vazios onde sentei calado
Olhando as águas do manso regato
Que no sopé da montanha matava a sede
Daquela vegetação que roubou minhas cores

Dias vazios que passaram devagar
Acompanhando meus passos lerdos
E cobriram minhas pegadas na areia
Deixando apenas um sussurro surdo

Dias vazios onde morri mais uma vez
E descansei minha poesia
No mármore frio junto ao anjo
Que resgatou o meu espírito


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

2 comentários:

  1. Bom dia!! Poema lindo e triste ao mesmo tempo...adorei!!
    Tenha uma excelente sexta-feira de luz!
    Mari♥

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    1. Bom dia Mari, muito grato pela sua visita e comentário, fico feliz que tenha gostado... Uma ótima sexta-feira para você também e um final de semana iluminado!!

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