terça-feira, 30 de agosto de 2011

Profecias




Nas profecias dos meus sonhos
Vejo do sol surgir em sua graça
Grande anjo empunhando trombetas
E um som que na mente transpassa

Desce o véu diante dos meus olhos
E as cores dissolvem-se em mim
Surgem sete águias flamejantes
E quatro leões de marfim

Nove anjos em coro entoam
Idiomas de todas as eras
Descrevendo aos homens do mundo
Que se foram os tempos de guerra

E vejo um templo coberto de luzes
No frontispício os olhos de Deus
Hierofantes ao tempo, imunes
Os guardiões do grande caduceu


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dádiva Divina


Dentre as dádivas que Deus me deu
Seu amor é a mais valiosa
Conexão Eclésia que me aconteceu
De beleza sublime e formosa

Canções ecoam em minh’alma
Quando seguro sua mão
Até as tempestades se acalmam
 Sintonia perfeita dessa equação

Detenho o sol no céu pra ti
Pra multiplicar sua claridade
Por todo o orbe te carregarei
E desconhecerei o que é a saudade



Jonas Rogerio Sanches

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Faces do Jogo




Altruístas ou egoístas
Futuristas ou conservadores
Várias faces e personagens
Generosos e pensadores

Muitas facetas do mesmo cubo
Várias hipóteses em cada jogada
Trinta e um dias do mês de outubro
Dias sinistros na encruzilhada

Tudo contido no mesmo frasco
Alegria, tristeza, desejo e asco
Organismo perfeito e universal
Onde um pensamento pode gerar um sol

Mas pouco é contido no nosso caminho
Vontade privada... Pássaros no ninho
Caminho distante para percorrer
Compondo a música do nosso viver

Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Amor e Karma



A saudade é tanta em meu peito
Que traduz-se em poesia
Tanta falta sua presença
Que causa-me agonia

Tento então manifestar-me
Nesses versos que me aprazem
Sem você perco meu charme
Minhas palavras se desfazem

Deito então eu só no leito
Mas a mente sempre em ti
Espero o sono que liberta
Nosso encontro em hora certa

Nossos corpos mesmo longes
Estão sempre em sintonia
As ligações de nossos karmas
São além da letargia

Almas gêmeas em reencontro
Um brinde cósmico abençoando
Anjos luzentes ao nosso encontro
Amém foi dito, está consumado

Jonas Rogerio Sanches


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Fadigas



Hoje eu não farei nada
Não escreverei poesia
Nem sairei na calçada
Também não verei a luz do dia

O cantar dos pássaros
Deixarei de lado
Todos os problemas
Já terão passado

Hoje eu não farei nada
Pois minha alma está lavada
Não terá nem soneto nem prosa
Todos os perfumes impregnaram as rosas

Eu nem dormirei
Ou olharei o arrebol
Não acordarei
E não vou embora

Ficarei aqui de cara pro vento
Ainda nem nasci... Desconheço o tempo
Também não vivi... Não tenho lamentos
Mas estou aqui... Um breve momento

Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Contínuo



Me pego sentado ao meio-fio
Olhando o caminhar dos transeuntes
Pensamentos dispersos... Ao léu
Reunidos novamente em um instante

Fictícios os papéis de cada um
Ou serão reais e verdadeiros
No teatro da vida eu sou mais um
Com meus instintos e desejos derradeiros

Mas no semblante fica o mistério
O íntimo e perigoso do ser
Repousarei meu corpo... Na campa
Enquanto minh’alma continua viver


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google